quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vejo a minha frente uma linda garotinha,
de costas para mim.
Casaco vermelho, cabelos transados, divididos ao meio.
Embaixo de uma gigantesca árvore.
E de volta o meu olhar chama a atenção, ao casaco vermelho.
Olhar dessa menina que não vejo.
Pensamento dela que não escuto.
Vento que agora passa por ela,
traz a mim seu cheiro de criança, de infância, inocência.
Mas o que será que seus olhinhos olham fixamente sem dispersão?
Se soubéssemos o quão bom é ser criança,
Não cresceríamos tão cedo ou que dirá nunca,
eternas crianças, terra de Peter pan
Acreditar puramente em tudo que lhe dizem os adultos,
Acreditar em coelho da páscoa, papai Noel,
Acreditar em cegonhas e monstros,
Acreditar que um beijinho no dodói, sara qualquer machucado.
Amo crianças, seus olhares, vontades, e sorrisos contagiantes,
Coração acolhedor sem distinções.
O que a menina de blusa vermelha olhava?
Não sei.
Vai ver era algum anjo, amigo imaginário.
Que eu com esse olhar crescido não vi.
Felizes, admiráveis, amadas, crianças.

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